A presença do Grupo Casais na América Latina

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paulocarapucaTexto do Administrador do Grupo Casais, Paulo Carapuça, para a newsletter CAL Economia de Maio de 2014

Estamos há 56 anos em diversos mercados e geografias a ajudar a construir sonhos, tendo por consequência desta tarefa assumido um papel preponderante no sector da Engenharia e Construção, e reforçado e diversificado a nossa actividade empresarial em negócios complementares à actividade principal.

As competências e conhecimentos adquiridos e actualizados ao longo destes anos em mercados de exigência elevada, associados às dificuldades e desafios dos mercados em desenvolvimento, permitem-nos uma forte afirmação no contexto internacional.

Podemos concluir à data de hoje que as empresas portuguesas do nosso sector de actividade estiveram pouco atentas ao outro lado do Atlântico e, em particular no que diz respeito à grande parte dos mercados da região da América Latina, subaproveitando as mais-valias do nosso país no contexto da atlanticidade e na consolidação da relação destes países com a Europa.

Relevamos por sua vez o crescimento económico em geral e os factores endógenos associados ao mesmo em alguns países que compõem esta região.

A janela de oportunidades constituída pelas necessidades de infra-estruturas básicas e reabilitação da malha urbana, em grande parte destes países, é indispensável ao seu crescimento e está classificada por grande parte dos governos como tarefa prioritária.

Se associarmos a este conjunto de necessidades a taxa de crescimento médio para 2015 dos mercados que compõem a América Latina, que se prevê ser superior a 3% e no caso do Brasil de 5%, obtemos um quadro apelativo. Não quero no entanto deixar de sublinhar que estas economias, apesar de maduras, exigem um acompanhamento constante pelo risco e fragilidade ainda presente em algum tipo de operações. 

Estes factores exigem uma presença mais ampla e transversal na região para a obtenção de equilíbrios e maior sustentabilidade.

Foi naturalmente neste contexto que iniciámos a nossa presença no Brasil, tendo-a direccionado para as áreas da reabilitação e criação de infra-estruturas básicas.

O nível de maturidade neste mercado é ténue em virtude de termos uma presença de três anos. Tivemos no entanto neste período a oportunidade de desenhar um modelo organizacional adaptado ao mercado interno e ao modelo federativo presente no país, assumindo assim um papel de empresa local contextualizada num Estado, nesta fase inicial, para simplificar o acesso às necessidades de carácter financeiro e produção que a actividade impõe.

A nossa perspectiva em relação a esta região é elevada, no entanto a nossa actividade actualmente ainda não atingiu um volume expressivo.

O formato de abordagem ao mercado Brasileiro foi pela via da criação de nova empresa e não pela via de aquisição, opção que condicionou a velocidade de crescimento pela necessidade de consolidar os interfaces internos e externos.

No perímetro da nossa actividade temos desenvolvido parcerias com empresas locais para mitigar o risco e potenciar sinergias nas licitações de volume mais elevado, e em termos de produção temos centrado o nosso foco nas áreas da reabilitação, remodelação de edifícios e infra-estruturas em geral nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia.

Naturalmente que chegar 122 anos depois dos primeiros emigrantes portugueses torna-se mais difícil, o número de anos de atraso é equivalente à complexidade de um mercado maduro, extremamente competitivo e onde a permanência implica orientar a nossa estratégia para nichos de mercado, que permitam que a nossa competência e conhecimento gerem diferenciação com vista à competitividade exigível face aos nossos concorrentes.

O Brasil foi para nós o ponto de partida na América do Latina. O nosso horizonte nesta região não se circunscreve a este país, tendo como objectivo no próximo ano abordar um novo mercado. 

Com esta iniciativa pretendemos aproveitar as dinâmicas de crescimento presentes nos mercados adjacentes, tirando partido dos convénios fiscais e transversalidade financeira que a Mercosul detém e dos convénios inter-países.

A consolidação das operações no local onde iniciámos actividade em novas geografias é vital para o processo de crescimento regional, quer em mercados adjacentes, quer em mercados de proximidade. Temos no entanto bem presente que a nossa evolução em termos empresariais depende em muito da nossa capacidade de expansão.

Aproveito esta oportunidade para manifestar o reconhecimento pelo papel que a Casa da América Latina tem tido na transmissão de informação e oportunidades nestas geografias junto do meio empresarial português.

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