CAL levou poesia da América Latina ao CCB

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A celebração do Dia Mundial da Poesia 2014, que decorreu no dia 22 de Março no Centro Cultural de Belém, teve início com um agradecimento ao CCB pela Casa da América Latina. A Secretária-Geral da CAL, Manuela Júdice, lembrou que a iniciativa conjunta das duas instituições vai já na terceira edição, dando este ano destaque a três poetas que faleceram recentemente e que partilhavam o “terem escolhido a Cidade do México para viver”: Álvaro Mutis, Juan Gelman e José Emilio Pacheco.

Na apresentação da antologia Onze poetas do modernismo hispano-americano, o editor e tradutor Ricardo Marques agradeceu a Isabel Araújo Branco, da Universidade Nova de Lisboa, pelo prefácio e à poetisa colombiana Lauren Mendinueta, presente na mesa, “pelo interesse demonstrado ao querer apresentar” a obra. Mendinueta enfatizou que o livro é “muito importante” porque compila “os poemas mais representativos” de onze dos “pais fundadores” da literatura moderna da América Latina.

Juan Manuel Roca, Marco Antonio Campos e Jorge Valdés Díaz-Vélez presentes

No painel que apresentou Os cinco enterros de Pessoa, obra do poeta colombiano Juan Manuel Roca, o Embaixador da Colômbia em Portugal disse-se “um grande leitor de poesia”, que “felizmente não escreveu nenhum verso”, e descreveu Juan Manuel Roca, presente na sala, como “o mais importante poeta colombiano vivo”. Para Germán Santamaría Barragán, que lembrou o trabalho da sua Embaixada, com apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros colombiano, para promover a literatura do seu país em Portugal, Juan Manuel Roca “é melhor embaixador” da Colômbia do que ele próprio.

Referindo-se a Roca, Lauren Mendinueta agradeceu a oportunidade que lhe foi dada para seleccionar, para o livro editado pela Glaciar, poemas daquele autor, que “chega ao coração das pessoas” e tem até versos seus em graffitis na Colômbia. O livro, segundo Mendinueta, é uma “prova de que a poesia serve para alguma coisa: para salvar o poeta, mas também para o leitor. É uma prova de que há esperança para o Homem”, concluiu.

Mendinueta referiu ainda que a poesia de Juan Manuel Roca é semelhante à do poeta português Nuno Júdice, o tradutor da obra. Júdice, o orador seguinte, indicou que “traduzir Juan Manuel Roca foi um pouco como escrever para si mesmo, pois o universo poético [de Juan Manuel Roca] é cativante, límpido, claro. O mais difícil foi terminar [a tradução], porque o desejo de continuar era maior”, afirmou.

Juan Manuel Roca, que tomou a palavra para agradecer os elogios aos restantes intervenientes, leu na versão original vários dos poemas contidos no livro agora editado. Seguiu-se um painel sobre a poesia mexicana, representada por Marco Antonio Campos e Jorge Valdés Díaz-Vélez, que também leram vários dos seus poemas, alternadamente, após uma longa descrição, por Luís Marina, da importância da sua obra para a poesia mexicana contemporânea.

Área multimédia: vídeos e fotografias do evento

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