Potencial inovador por explorar na América Latina

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No contexto da Komodo Consulting, sendo uma consultora de estratégia e tecnologia focada na transformação digital, acesso e inovação são elementos fulcrais para o sucesso. É o que nos permite aportar valor nas áreas de estratégia de digitalização, implementação de soluções técnicas e de Data Analytics, capacitação (seja de empresas ou entidades públicas) e comunicação. Sendo que esta transversalidade, combinada com um acesso a fontes de inovação (ex: Universidades), se tem apresentado como uma mais valia para os clientes no privado, como indústria, banca, seguros ou transportes e no sector público/municípios.

Desde a sua génese, a Komodo Consulting sempre viu a mais valia de um Ecossistema forte, que nos permita fazer valer a nossa capacidade endógena, mas sobretudo aumentá-la com áreas complementares e com capacidade extra. Este ecossistema permitiu-nos crescer no desenvolvimento de novo negócio, expandir áreas de negócio (como entrar em Big Data e Machine Learning) e expandir para unidades de negócio crescentes (como o aumento de capacidade no desenvolvimento Cloud e de Next/React.js).

Contudo, é uma perspetiva que notamos ainda alguma resistência na América Latina, onde ainda se coloca muito a perspetiva negócio local/regional e uma grande falta de cooperação para acesso a oportunidades de negócio, bem como um falta de perspetiva de trabalho joint-venture com outras empresas, sobretudo para a internacionalização das mesmas. Nota-se, principalmente, uma limitação de acesso a redes de contacto na Europa, que condiciona a expansão, de forma fiável, para este lado do Atlântico e a capacidade de crescimento empresarial. Ou seja, trata-se de países com uma enorme capacidade produtiva tecnológica, com recursos humanos bem formados tecnicamente, mas onde a perspetiva de negócio é ainda muito centrada no país de origem ou nos vizinhos. Falta mais ambição e confiança própria para expandir horizontes, para países onde o valor por projeto é maior e, como tal, poderão crescer de forma mais rápida.

De igual forma, existe também a referida limitação nas rede de contactos para expansão para a Europa, sobretudo ao nível empresarial, mas também existe algum estigma por parte das empresas europeias (erradamente) em colaborar com tecnológicas da América Latina.

Este é um desafio que se encontra em países como Chile, Colômbia ou México, onde há espaço para criar redes de inovação tecnológica, com ecossistemas que possam e, a meu ver, devem, incluir as empresas locais com capacidade para desenvolvimento de projectos internacionais, seja na Europa e/ ou nos Estados Unidos da América.

Apesar de parecer uma limitação, a Komodo vê esta questão como uma oportunidade para as empresas portuguesas na América Latina. Assim,   continuaremos a trabalhar neste ano de 2022, colaborando com Universidades, Aceleradoras, Incubadoras e Startups locais, no sentido de ajudarmos a construir Ecossistemas mais forte nesses países, com a Komodo Consulting como parceiro estratégico, aportando valor a empresas e municípios locais. Aproveitando também para exportar conhecimento, experiência e capacidade técnica que existe nesses países para a resolução de problemas na Europa.

Mesmo em contexto de pandemia, podemos afirmar que 2021 foi um ano positivo, de expansão de áreas, mas ao mesmo tempo de identificação de oportunidades de colaboração e de negócio, identificando a América Latina como uma zona de elevado interesse para inovar localmente e importar capacidade/conhecimento para a Europa. Estamos confiantes para 2022 e contamos com a Casa da América Latina para nos apoiar nestes e noutros desafios.


Paulo Bartolomeu, Managing Partner na Komodo Consulting

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