Livro do ensaísta António Pinto Ribeiro dedicado ao tema da descolonização dos museus em destaque na AL

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O ensaio “Podemos descolonizar os museus?” que propõe uma releitura dos acervos dos museus ocidentais, assim como uma revisão das narrativas da História da Arte chega à América Latina pela Ediciones Vestigio resulta da pesquisa que o investigador António Pinto Ribeiro tem vindo a aprofundar desde 2014 sobre a museografia dos acervos de pendor colonialista.

“Os museus ou são pós-coloniais ou não são nada” – é com esta provocação que António Pinto Ribeiro inicia o ensaio, ao longo do qual problematiza como a museografia deve ser repensada a partir dos estudos pós-coloniais, compreendendo que os museus, não sendo apenas coleções, mas espaços de representação de narrativas, devem ser pós-coloniais.

Podemos descolonizar os museus? é a pergunta que o autor coloca e que propõe para refletir numa releitura dos acervos dos museus ocidentais, muitos deles constituídos quando o mundo estava ainda dividido em impérios coloniais.

O ensaio alerta ainda para a necessidade de problematizar as coleções e de refletir sobre a possibilidade de devolver os artefactos que foram trazidos para a Europa aos seus países de origem, assim como a pertinência de uma revisão das narrativas da própria História da Arte.

“Podemos descolonizar os museus?” contou com lançamento marcado para a edição de 2020 da Feira Internacional do Livro de Bogotá (Filbo) com realização entre 21 de abril e 5 de maio, contudo, devido à pandemia pela Covid as autoridades colombianas cancelaram o evento.

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