Mercosul organizou celebrações oficiais do Dia Mundial do Turismo

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Pela primeira vez na história do Dia Mundial do Turismo e na celebração do seu 40º aniversário, as comemorações oficiais foram organizadas por um grupo de países e não por um único Estado-Membro da Organização Mundial do Turismo, o Mercosul. Numa estreita cooperação transfronteiriça das nações do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, além do Chile com estatuto de observador) e coincidindo com o exercício por parte do Uruguai da Presidência Pro-Tempore deste bloco económico, esta cooperação simboliza a necessidade de solidariedade entre Estados Membros por forma a encontrar soluções globais para um problema comum e global. “Só através da cooperação entre Estados, investimento na inovação, ecologia e diversificação do setor, poderemos superar esta crise que é a maior de sempre”, referiu German Cardoso Ferreira, Ministro de Turismo do Uruguai.

“A atividade turística continua a viver dias difíceis, quer com as quebras de receitas, quer com as dificuldades de manutenção dos postos de trabalho, afetando especialmente mulheres e jovens, cerca de 120 milhões de empregos estão em risco e os impactos podem levar à perda de 1,5 a 2,8% do PIB global” salientou Zurab Pololikashvili, Secretario-Geral da OMT, na intervenção de abertura.  Pololikashvili referiu ainda o contexto da crise sanitária global, o seu desfecho incerto, as limitações à mobilidade global e o encerramento de fronteiras, “fatores que em nada ajudam a recuperação do setor”, disse.

António Guterres, Secretário-geral da ONU alertou, na sua mensagem, para o poder e a responsabilidade do setor turístico na economia mundial e a incerteza do futuro para muitos que dependem dessa atividade para sobreviver.

Turismo e Desenvolvimento Rural foi o tema adotado para este ano, estimulando uma reflexão sobre a capacidade excecional do turismo para criar oportunidades fora das grandes cidades, permitindo a fixação de população e a criação de novos postos de trabalho, baseados na relação com a natureza, preservando o património cultural e natural em todo o mundo. A diversificação de experiências, o maior investimento no turismo de aventura e uma oferta turística conjunta regional, foram algumas das propostas dos Estados Membros do Mercosul, como soluções para a recuperação do setor no período pós-pandemia.

Também neste dia se realizou a 5.ª Cimeira do Turismo Português, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, onde o primeiro-ministro português, António Costa, salientou que a prioridade desde o início da crise tem sido preservar as empresas e recursos humanos qualificados, fundamentais para a recuperação do setor. “Precisamos de um setor forte pós-covid e precisamos também que as finanças públicas recuperem a robustez que tinham no ano de 2019 quando, pela primeira vez, tivemos um excedente orçamental na nossa democracia”, afirmou. António Costa afirmou ainda que, “por todo o mundo, as pessoas deixaram de se sentir à vontade para apanhar um avião, entrar num comboio, ir de barco ou mesmo de automóvel para fora da sua zona de conforto», pelo que ganhou mais importância a criação de instrumentos que contrariem esta tendência, como o programa Clean & Safe, programa que transmite segurança e cria confiança. O primeiro-ministro terminou a sua intervenção assegurando que este continuará a ser um bom setor de investimento na era pós-covid.

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