Exposição “Movimento 2” de Leonor Beltrán na CAL

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13 de abril a 4 de maio
9h30–13h00 / 14h00–18h30
Casa da América Latina (Av. da Índia, 110)

A obra de Leonor Beltrán “Movimento 2” vai estar em exibição na Casa da América Latina, de 13 de abril a 4 de maio. Esta consiste num conjunto de desenhos a tinta-da-china em constante movimento, que produzem ritmos, pausas e linhas.

Os desenhos de Leonor Beltrán multiplicam-se e desconstroem-se num constante “bailado pictórico”, que transita entre o negro e o branco, contraponto à experiência musical. Expressam a unidade e a diversidade da natureza orgânica, através de um gesto que gera a fluidez da linha, da forma e da textura.

Leonor Beltrán nasceu em Lisboa, filha de mãe portuguesa e pai argentino, desde sempre pintou e desenhou. Em 2016 iniciou-se como artista plástica, depois de um percurso por múltiplas áreas artísticas, expondo na Galeria da Livraria Sá da Costa em Lisboa, tendo participado em três Exposições Colectivas e integrando a exposição permanente do Espaço Camões da mesma. Em 2017 fez três Exposições Individuais, no Espaço Multiusos da Fortaleza de Santiago, em Sesimbra, no Espaço da Santa Casa, em Lisboa, e no CCC (Centro Cultural de Cascais).

A sua formação inicial foi em dança e teatro e estudou canto e piano. Nesta área tem desenvolvido um trabalho tanto a nível pedagógico como artístico, sobretudo como bailarina, performer, atriz, marionetista, cantora e coreografa. Estudou pintura com Cecília e Isabel Menano. Frequentou um curso de Verão de desenho no Ar.co. Desenvolveu trabalhos como cenógrafa e figurinista, assim como a nível da conceção plástica de espetáculos e desenhou algumas capas de programas e cartazes. A nível de formação, possui a Componente Curricular do Doutoramento em Artes Performativas e da Imagem em Movimento e do Mestrado em Estudos de Teatro da FLUL, a Licenciatura em Dança e o CESE em Teatro e Educação do IPL.

“Movimento 2 pertence a uma série de desenhos que procuram dar sentido e forma a uma interioridade, a um sentir que me habita e me define. Através deles procuro dar corpo, espaço e tempo, não só à incorporalidade que me acompanha em permanência e que me ajuda a estar Viva e a Ser, como aos diferentes estados interiores que mais não são do que diálogos subtis entre forças e energias que se confrontam e se metamorfoseiam, manifestando-se sobretudo através dos sentimentos, dos pensamentos e de todo um universo vibrante e energético que pulula dentro de mim e me fala.

Os desenhos a tinta-da-china ganham diferentes texturas e tonalidades dependendo da intensidade da tinta e da sua relação pictural, entre linhas, pontos, formas e manchas tanto realizados com caneta, como com pincel, tendendo a criar estruturas diferentes e repetitivas, num entrelaçar de formas que dançam no papel recriando paisagens interiores rítmicas, sonoras, cénicas e coreográficas. Nelas descubro caminhos, labirintos, natureza, figuras e diversas formas abstratas que se vão revelando ao olhar e que saem do papel criando por vezes a ilusão de tridimensionalidade e ou de movimentos vibrantes que se agitam no papel.”

Leonor Beltrán

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