“Poesia, Paz e Guerra” em conferências na FCSH-UNL

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Poetas como o espanhol Jorge Gimeno, a brasileira Vera Lúcia de Oliveira e os portugueses Nuno Júdice e Manuel Gusmão participaram no Colóquio «Poesia, Paz e Guerra» que teve lugar a 25 de outubro e que reuniu académicos de universidades de Portugal, Espanha e Itália.

A poesia sempre foi usada em situações de guerra para expressar os mais profundos sentimentos humanos, fosse para homenagear um filho morto em combate ou para defender a necessidade de pôr termo a um conflito e instaurar a paz. O Colóquio «Poesia, Paz e Guerra» abordou este tema tão actual num mundo marcado por confrontos bélicos, terrorismo, refugiados, ocupações, revoltas e redefinição de fronteiras geográficas e simbólicas. Os participantes cruzaram a literatura, as artes plásticas, a política e os movimentos sociais no âmbito ibérico e ibero-americano, numa co-organização do CHAM-Centro de Humanidades (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa), do Núcleo de Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa) e da Casa da América Latina.

“A poesia terá sempre um papel desafiador nas artes e, nomeadamente, no âmbito da paz e da guerra, que é um tema sobre o qual vale a pena continuarmo-nos a debruçar”, afirmou Antónia Coutinho, da direção da Faculdade de Ciência Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa (FCSH-UNL), durante a abertura do colóquio “Poesia, Paz e Guerra”.

Isabel Araújo Branco, da comissão organizativa do evento, agradeceu às parcerias das instituições que permitiram a realização do mesmo, como é o caso da Casa da América Latina: “parceria sem a qual nada disto seria possível”. Esta é uma relação que se estende já “há muitos anos”, como destacou a secretária-geral da Casa da América latina, Manuela Júdice. “Esta iniciativa é fruto de uma grande proximidade, e a sua origem está numa proposta feita em 2015 à Isabel Araújo Branco para coordenar uma programação dedicada à poesia no âmbito da Lisboa Capital Ibero-americana da Cultura 2017”, explicou.

Ana Maria Martinho, do Centro de Humanidades (CHAM-UNL), salientou o carácter de proximidade desta iniciativa, “que suscita interações, que não seriam possíveis em grandes seminários”. Em representação do Núcleo de Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos), Beatriz Monteiro, recordou a importância da literatura como forma de humanização e libertação, sendo por princípio um “território de infinitas possibilidades”.

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