Brasil, Uruguai, República Dominicana e Cuba representados no FESTin

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O Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (FESTin) decorre entre 1 e 8 de março no cinema São Jorge e no Instituto Cervantes, em Lisboa, tendo como destaques as mulheres e o cinema de autor.

Brasil, Uruguai, República Dominicana e Cuba são os países da América Latina representados nesta 8ª edição do festival, que está inserida na programação da Lisboa 2017 – Capital Ibero-americana de Cultura.

O FESTin apresenta três mostras dedicadas ao cinema ibero-americano, contando com uma retrospetiva dedicada à cineasta Margarida Gil (“Adriana”, “Anjo da Guarda”, “O Fantasma de Novais”, “Rosa Negra” e “Paixão”) e uma homenagem ao realizador cubano Titón (“Titón: da La Habana a Guantanamera” de Mirtha Ibarra e “Guantanamera”, “Memórias del Subdesarrollo” e “Fresa y Chocolate” ambos de Tomás Gutierrez Alea e este último correalizado por Juan Carlos Tabío).

Encerrando no Dia Internacional da Mulher num ano em que as temáticas femininas estarão presentes tanto na programação cinematográfica quanto nos eventos paralelos, o FESTin engloba 75 filmes (dez dos quais inéditos) distribuídos em quatro competições e mostras, para além de debates, mesas redondas e masterclasses.

Em conferência de imprensa as diretoras Léa Teixeira e Adriana Niemeyer, salientaram a presença da atriz brasileira Mariana Ximenes em dois filmes da competição do FESTin (coprodução em “Prova de Coragem” e atuação em “Quase Memória”), que estará no cinema São Jorge durante o festival.

Presença Latino-Americana nas Mostras FESTin

“Dólares de Areia” de Israel Cárdenas e Laura Amelia Guzmán é uma produção da República Dominicana que acompanha a vida de Noelí, que se prostitui para europeus ricos e solitários como a francesa Anne, que cria com ela uma relação que gera um fluxo de acontecimentos comoventes e a esperança de uma vida digna para a protagonista.

“La Grieta” de Victoria Giménez, é uma produção Uruguaia que conta a história de Clara, menina de apenas treze anos , passa por uma experiência que lhe deixa uma marca profunda para o resto da vida. “Migas de Pan” de Manane Rodriguez, coproduzido pelo Uruguai com Espanha, acompanha uma avó que regressa ao país natal e acaba por enfrentar um passado conflituoso.

“Postergados” de Carolina Markowicz, produção brasileira, explora o medo da morte e a sua ausência na vida do dia-a-dia, “Como diria Fernando Pessoa, somos cadáveres postergados”. “Titón: de La Habana e Guantanamera” é um documentário cubano de Mirtha Ibarra sobre o realizador Tomás Gutierrez Alea, um dos principais nomes do cinema contemporâneo, que mostra um percurso amplo do seu trabalho cinematográfico e do seu pensamento.

Para além da exibição dos filmes, o FESTin conta também com a organização de duas mesas-redondas. A primeira recai sobre o tema “A Mulher no Audiovisual” e tem como oradores Mirtha Ibarra (realizadora cubana) e Manane Rodríguez (realizadora uruguaia), entre outros. A segunda é sobre “Feminismo, Género e Sexualidade” e conta com a presença de Naura Silvia Requia Schneider” (atriz e produtora brasileira).
Consulte aqui a programação ibero-americana do festival.

Presença Brasileira nas Mostras do FESTin

Com seis longas-metragens e uma sessão de curtas a Mostra Brasileira de Cinema conta com “Elis” de Hugo Prata, “O Filho Eterno” de Paulo Machline, “O Intruso” de Paulo Fontenelle, “O Outro Lado do Paraíso” de André Ristum, “Sob Pressão” de Andrucha Waddigton e “Vidas Partidas” de Marcos Schechtman.

Na Mostra de Documentários encontramos os brasileiros “Cícero Dias – O Compadre de Picasso” de Vladimir Carvalho, “Mulheres que Cuidam de Mulheres” de Otavio Chamorro e Fábio Brasil e “Mulheres Africanas – A Rede Invisível” de Carlos Nascimbeni.

“Chega de Saudade” de Laís Bodanzky é o filme brasileiro escolhido para ser exibido no FESTin +, que é uma criação de carácter social, que se dirige a um público mais velho, raramente lembrado por outros festivais de cinema.

Presença Brasileira nas Competições do FESTin

Na competição de longas metragens estarão seis filmes brasileiros (“Animal Político” de Tião; “Big Jato” de Cláudio Assis; “BR 716” de Domingos de Oliveira; “Comeback” de Erico Rassi; “Para ter onde ir” de Jorane Castro; e “Prova de Coragem” de Roberto Gervitz). Na competição de documentários encontram-se ainda os brasileiros “As Incríveis Histórias de Um Navio Fantasma” de André Bomfim; “O Próximo Samba” de Marcelo Lavandoski e “Todos” de Marilaine Castro da Costa e Alberto Cassol.

Já na competição de curtas poderemos contar com 8 brasileiros e uma co-produção Brasil/ Uruguai (“A velha” de Kit Menezes; “Aquário de Antígona” de Alceu Bett; Dia dos Namorados” de Roberto Burd; “O Autor” de Rui Neto; “O Mesmo Nada” de Andréa Prado; “Os Filhos de Terpsícore – Parte 1: Adenice” de Santiago Barreiro; “Rosinha” de Gui Campos; “Universo Preto Paralelo” de Rubens Passaro; e “Viúva Alegre” de Luis António Pereira.

A Festinha é também competitiva nesta edição – incluindo um júri adulto e outro composto por crianças, que atribuirão uma Menção Honrosa a um dos dez filmes selecionados, sete dos quais são brasileiros: “Asas” de James Soares e Sophia Soares; “Hora do Ianchêêê” de Claudia Matto; “Ilha das Crianças” de Zeca Ferreira; “Lipe, Vovô e o Monstro” de Felippe Steffens e Carlos Marues; “Meninos e Reis” de Gabriela Romeu; “Pequenos Animais Sem Dono” de Maju de Oliveira; e “O Projeto do Meu Pai” de Rosaria.

Outros Destaques e Informações

A conferência de imprensa contou com intervenções de parceiros, nomeadamente da representante da Change It, Ana Rita Clara, atriz e apresentadora da SIC Mulher, e de Gonzalo Del Puerto, Coordenador de Atividades Culturais do Instituto Cervantes.

“O Outro Lado do Paraíso” abre o festival com um drama social de contornos mais clássicos, narrando a história de uma família pobre que luta para se estabelecer numa Brasília em plena construção – no início dos anos 60.

“Elis”, um dos grandes sucessos do cinema brasileiro de 2016, narra a trajetória de um dos maiores ícones da Música Popular Brasileira (MPB), Elis Regina. A atriz Andreia Horta, que interpreta a cantora, foi uma das grandes revelações do cinema brasileiro do ano passado e virá a Lisboa para a sessão de encerramento.

O FESTin é organizado pela ASCULP – Associação Cultura e Cidadania da Língua Portuguesa, em coprodução com o Cinema São Jorge e parceria estratégica com a EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, E.E.M. e conta com o apoio financeiro da CML – Câmara Municipal de Lisboa (CML).

Os bilhetes para o festival estarão à venda na bilheteira do Cinema São Jorge a partir do dia 13 de fevereiro e têm o custo de 3 euros (bilhete normal).

Todas as informações sobre o festival estão disponíveis no site do FESTin.

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