António Costa inaugura nova sede da Casa da América Latina e da UCCLA

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“Num mundo em que tantos muros se constroem é bom que haja pelo menos uma cidade que abre as suas portas e diz: são todos bem-vindos, porque nós queremos continuar a ser uma cidade global e aberta ao mundo”, salientou o primeiro-ministro, António Costa, na inauguração, a 30 de setembro, da nova sede da Casa da América Latina (CAL) e da UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, cerimónia à qual presidiu.

No evento marcaram ainda presença o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Fernando Medina, do presidente da Câmara Municipal de Maputo, David Simango, dos embaixadores dos países da América Latina em Lisboa, bem como de altos representantes das duas instituições.
António Costa lembrou que, “pela primeira vez na história da humanidade, mais de metade dos seres humanos habitam nas cidades e essa vai ser uma tendência crescente ao longo deste século. E por isso as relações vão ser menos Estado a Estado e cada vez vão ser relações mais de cidade a cidade”, ressalvando o papel destas duas instituições na manutenção dessa dinâmica.

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, destacou que estas são “instituições que estão no centro e podem ter um papel importante no centro da nova geo-estratégia e da nova geopolítica do nosso tempo”, recordando ainda o papel de destaque acrescido das mesmas no ano de 2017, em que Lisboa será a Capital Iberoamericana da Cultura.

(Co)Habitar numa mesma casa

A secretária-geral da CAL, Manuela Júdice, lembrou que, em 2008, por iniciativa do presidente da CML na altura e atual primeiro-ministro, “foram tomadas novas e importantes decisões para a vida da CAL”, como é o caso da revisão dos estatutos, de forma a integrar as embaixadas da América Latina acreditadas em Lisboa e o Ministério dos Negócios Estrangeiros, do alargamento da atividade da CAL às áreas do conhecimento, da economia e das empresas, bem como da reabilitação do edifício da Avenida da Índia (Casa das Galeotas), para aí instalar não só a CAL, mas também a UCCLA.

Manuela Júdice agradeceu cedência das instalações por parte da CML às duas instituições, que poderão agora “partilhar com muito mais condições as culturas que nos unem desde há séculos”. A Fernando Medina, também presidente da Comissão Executiva da CAL, Manuela Júdice lembrou que “está nas suas mãos o futuro desta casa. Em 2017, Lisboa será a Capital Ibero-Americana da Cultura, e a CAL, criada nesse quadro, terá novos desafios e novas oportunidades de crescimento, contamos consigo para encarar o futuro com esperança”.

O secretário-geral da UCCLA, Vítor Ramalho, lembrou que esta instituição é “a mais antiga que, desde o 25 de abril, aproximou os cidadãos que nas cidades dos vários continentes se entendem naquela que é a quinta língua. A UCCLA é isso mesmo: uma casa dos cidadão do mundo, e dos países da nossa fala”.

“A nova sede da UCCLA e da CAL será uma base sólida para que as duas instituições prossigam com as suas missões, aproximando os nossos povos e as nossas cidades”, afirmou o presidente da Câmara de Maputo, David Simango, também presidente da UCCLA.

A secretária-geral da CAL lembrou ainda a exposição “(Co)Habitar”, patente até 2017, com obras da brasileira Lia Chaia e da portuguesa Andrea Brandão, que celebra a partilha de um mesmo espaço por parte desta instituição com a UCCLA. Decorreu de seguida a visita por parte do primeiro-ministro e presidente da CML e respetiva comitiva à exposição.

Leia aqui o discurso da secretária-geral da Casa da América Latina, Manuela Júdice.

Veja aqui as fotografias do evento.

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