O setor Agro-alimentar Panamense em Portugal

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Fruto da sua posição geográfica, o Panamá assume-se cada vez mais como a principal hub da América Latina. Banhado por dois oceanos e dotado de infra-estruturas como o Canal do Panamá, o Panamá oferece uma ligação privilegiada não só a toda a América (do Norte e do Sul), mas também à Europa e Ásia.

Consciente das suas potencialidades, o país tem procurado modernizar as várias infra-estruturas e organizações numa tentativa de se afirmar em definitivo como plataforma obrigatória das mercadorias transaccionadas naquela região. Nesse sentido, parte da delegação panamense presente no Portugal Exportador iniciou, com a Casa da América Latina, e a Embaixada do Panamá uma ronda de reuniões com vista a conhecer instituições congéneres e estreitar laços que permitam incrementar as relações económicas entre os dois países.

Esta agenda de encontros iniciou-se a 16 de novembro na Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, onde o seu Diretor-Geral, Álvaro Pegado Mendonça e sua equipa reuniram com Yuri Huertas, Administrador da Asociación Panameña de Seguridad de Alimentos (AUPSA, membros da Embaixada do Panamá e a Coordenadora da Casa da América Latina, Cristina Valério. A agilização de processos negociais, aproximação e o conhecimento reciproco foram o mote para o encontro. Outro dos temas abordados foi a introdução da Pera Rocha no mercado panamense “se colocássemos uma pêra ao lado uma da outra, daríamos 13 voltas ao mundo, tal é a importância e dimensão da produção em Portugal” referiu Paula Cruz de Carvalho, Subdiretora-Geral da instituição que acompanha de perto as negociações com a América Latina.

No dia seguinte no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa foi dado a conhecer o modo de funcionamento e organização da Sociedade Instaladora de Mercados Abastecedores que administra quatro mercados abastecedores (MARL,SA – Mercado Abastecedor da Região de Lisboa, MARB,SA – Mercado Abastecedor da Região de Braga, MARE,SA – Mercado Abastecedor da Região de Évora, MARF,SA – Mercado Abastecedor da Região de Faro) em Portugal e tem em curso uma mão cheia de projectos para construir estruturas semelhantes na Madeira e em África (Angola e Moçambique). Yuri Huertas, da AUPSA, reconheceu que este tipo de estruturas organizativas “não existem no Panamá” e que o seu país “tem todo o interesse” em conhecer e até importar o modelo de serviços idêntico ao prestado pelo MARL.

Responsável pelo fornecimento de bens alimentícios (desde legumes e frutas frescos, a flores ou peixe), o MARL – que à semelhança dos três outros mercados abastecedores em Portugal é 100% estatal – é responsável por abastecer desde os supermercados, aos restaurantes e mercearias – “com produtos internacionais e nacionais, de pequenos e grandes produtores”, como fez questão de assinalar Miguel Franco e Abreu da SIMAB, S.A.

A esta sessão, seguiu-se uma apresentação da AUPSA a empresários portugueses do setor, na qual os dirigentes panamenses apresentaram a sua inovadora plataforma de submissão de produtos alimentares para certificação. O objectivo é eliminar a burocracia que tipicamente atrasa a aprovação e entrada de novos produtos alimentícios no país. Para tal, a AUPSA recorre a uma plataforma online que centraliza todos os pedidos e aprovações, reduzindo substancialmente o tempo de espera.

Teresa Pereira, directora Comercial, terminou o evento com uma visita guiada pelos pavilhões do MARL, que àquela hora retomavam as habituais cargas e descargas que antecedem a distribuição de produtos pela região de Lisboa, permitindo à delegação tomar contacto com alguns dos produtos comercializados em Portugal e, quem sabe, brevemente também no Panamá.

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