Setor têxtil peruano debatido em Lisboa

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A poucas semanas de “Peru Moda” chegar a Paris – o maior evento de moda peruana a realizar-se a 22 de Outubro na capital francesa -, a Casa da América Latina, o Montepio e a Embaixada do Peru reuniram-se com algumas das mais importantes produtoras têxteis portuguesas, para traçar o perfil de um setor fundamental na economia portuguesa e peruana e rico em oportunidades de negócio.

No início da sessão, Florbela Cunha, responsável pelo Departamento de Negócio Internacional do Montepio, e Cristina Valério (Coordenadora de Programação Económica e Empresarial da Casa da América Latina) destacaram a florescente economia peruana, “que regista valores de crescimento na ordem dos 3 a 4% anuais”. Um número que já levou cerca de 300 empresas portuguesas a negociar com o Peru, nomeadamente ligadas ao sector da construção, agro-alimentar, turismo. Um cenário que Juan Luis Kuyeng, conselheiro económico da Embaixada do Peru e representante em Portugal do Ministério do Comércio Exterior e Turismo do Peru, quer incrementar.

“A tradição têxtil do Peru é milenar. Desde o tempo dos Incas que faz parte do nosso património cultural e artístico e hoje, o sector têxtil é enorme. Fabricamos t-shirts e outras peças de vestuário para marcas globais e somos os maiores produtores mundiais de alpaca, algodão pima e vicuña”, realçou Juan Luis Kuyeng.

“Acreditamos que há espaço para receber mais empresas portuguesas no Peru. Seja para produzir, para importar ou exportar, ou até para nos complementarmos. Nós temos acordos de livre comércio com vários países do mundo – incluindo países com quem Portugal e outros países da Europa não têm – e Portugal conhece muito bem África e pode ser o intermediário de excelência dos produtos peruanos nessa região do globo. Um território desconhecido dos latino-americanos”, acrescentou.

A ambição de atrair empreendimentos de vários pontos do globo para o Peru é partilhada por Angela Reyes. A responsável pelo Peru Moda, que todos os anos reúne cerca de 2500 importadores a nível mundial e que este ano também se realiza em Paris, admitiu que apesar de trabalhar particularmente com os Estados Unidos, Brasil ou Chile, espera que os acordos de livre comércio e “acções como o Peru Moda em Paris chamem a atenção de novos países”.

“O Peru é um país fascinante, mas completamente desconhecido para as empresas portuguesas, sobretudo neste sector. Mas estou disponível e curioso com as propostas apresentadas!”, referiu Manuel Alves
A diversidade foi outra das cartas fortes apresentadas neste encontro. “O Peru tem muita diversidade. Tanto temos várias marcas de autor internacionais, como boutiques de estilistas locais, usamos muitos produtos orgânicos e ecológicos… Somos um bom mercado para nichos”, realçou Angela Reyes antes de estender o convite aos presentes para participar na Peru Moda em Paris.

No final houve ocasião para a realização de reuniões privadas, com todas as empresas, onde se analisou a possibilidade de garantir a sua presença no Peru Moda em Paris e “estabelecer laços que acabem com o desconhecimento do mercado peruano e façam acontecer negócios de sucesso”, como frisou Cristina Valério.

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