O último discurso de Benito Andión

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Benito Andión, embaixador do México em Portugal, foi um dos convidados do almoço do 10º aniversário da Câmara de Comércio e Industria Luso-Mexicana. Prestes a deixar o cargo que ocupou nos últimos três anos, o embaixador tomou a palavra para proferir um último discurso.

Perante uma plateia onde se encontrava o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, Benito Andión não hesitou em classificar os últimos dois anos como “anos sem precedente na história da relação bilateral México-Portugal”. O ex-embaixador elogiou depois aspectos como agenda bilateral renovada entre os dois países, o crescente número de negócios realizados em conjunto ou o incremento de actividades culturais e de promoção em ambos os países.

“O México tem um grande interesse em ampliar e dinamizar os três pilares da relação bilateral (diálogo político, comércio e cooperação) e reconhece amplamente o apoio de Portugal”, disse Benito Andión pouco antes de lembrar que “actualmente, Portugal é o 15° sócio comercial do México entre os membros da UE, e o 52° a nível mundial”.

O antigo embaixador do México em Portugal assinalou ainda as comemorações dos 150 anos de estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países (celebrados em 2014) e frisou que “as economias do México e Portugal têm uma ampla margem de complementaridade”.

“Existe um interesse crescente a nível governamental e do sector empresarial para fortalecer as relações económicas bilaterais. Para tal têm-se vindo a identificar novos espaços de cooperação e prosseguimos na realização de acções para aprofundar os já existentes”, acrescentou, antes de apontar “os sectores da construção, serviços, produtos químicos, móveis, energias renováveis, tecnologias informáticas e de comunicação, entre outros” como as áreas de maior potencial de cooperação económica entre México e Portugal.

Benito Andión haveria ainda de se dirigir ao público para felicitar Miguel Gomes da Costa, presidente da CCILM, “pelas conquistas alcançadas nesta primeira década de existência. A sua contribuição para aproximar os empresários portugueses e mexicanos, detonar iniciativas de investimento e posicionar-se, pouco a pouco, no ambiente de negócios mexicano, merece o meu maior reconhecimento”.

No final do seu discurso, Benito Andión prometendo fixar residência em Portugal, assim que se reforme, deixou mais uma nota de esperança para que o país ultrapasse definitivamente o período de crise que atravessa desde 2008: “Hoje vemos com otimismo um Portugal que cresce, que tem diminuído notavelmente o desemprego e que tem dado aos seus jovens uma nova esperança de futuro”.

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