VII Cimeira das Américas aproxima EUA e Cuba

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O primeiro encontro oficial entre os líderes dos EUA e Cuba em mais de cinquenta anos marcou os acontecimentos da VII Cimeira das Américas, que decorreu nos dias 10 e 11 de Abril no Panamá.

Os dois líderes estiveram reunidos ao longo de mais de uma hora, numa reunião que deixou Barack Obama “cautelosamente optimista”. O chefe de estado norte-americano não tem dúvidas quanto às boas relações entre os dois países e afirmou mesmo que “Cuba não é uma ameaça para os Estados Unidos”.

Apesar deste passo rumo à estabilidade entre Washington e Havana, Raul Castro – que representou Cuba na sua primeira participação de sempre na Cimeira – fez questão de lembrar que “é essencial que se levante o embargo económico [imposto pelos EUA há mais de cinquenta anos] para que se normalizem as relações” entre os EUA e Cuba. (clique aqui para ver o vídeo)

A VII Cimeira das Américas foi particularmente preenchida para Barack Obama, que aproveitou para apresentar a sua estratégia para a América Latina. Obama reafirmou a aliança com os países da Aliança Latina e assumiu a necessidade de reforçar a ligação ao Brasil, uma tarefa para a qual vai contar com a preciosa ajuda de Enrique Peña Nieto, presidente do México, que se propôs para mediar o entendimento entre os dois países.

Com a tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela a aumentar desde Março deste ano (altura em que foram anunciadas novas sanções ao governo de Caracas), um possível encontro de Obama com o homólogo venezuelano Nicolás Maduro era aguardado com expectativa. Segundo um comunicado da Casa Branca – corroborado mais tarde pela assessora de Nicolás Maduro – Teresa Maniglia no Twitter -, o encontro acabou mesmo por decorrer, ainda que à margem da Cimeira. Apesar de não ter durado mais de dez minutos e da falta de quaisquer conclusões visíveis, Nicolás Maduro considerou o diálogo “sério e franco”. (Clique aqui para ver vídeo)

No fim da cimeira, Juan Carlos Varela dava-se por satisfeito. O presidente do Panamá realçou que o país anfitrião facilitou “um diálogo franco e respeitoso” entre os 35 líderes participantes na cimeira, sem fingir “unanimidade”. Prova disso mesmo é a unanimidade obtida em 90% dos pontos propostos pelo Panamá como país organizador, em torno dos eixos da saúde, educação, energia, ambiente, migração, segurança, participação civil e governabilidade democrática.

O Peru será a seda da VIII Cimeira das Américas, que acontece em 2018.

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