Ciclo de cinema ‘4 mulheres da América Latina’

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13, 20 e 27 de Janeiro de 2015
19h00
Auditório da Escola Secundária de Camões, em Lisboa
Entrada livre
Filmes em espanhol com legendas em inglês

A Casa da América Latina apresenta, no auditório do Liceu Camões, um ciclo de cinema dedicada a ‘4 mulheres da América Latina’. O primeiro filme, ‘Violeta se fue a los cielos’ (Andrés Wood, 2011), foi exibido no dia 6 de Janeiro, e fala da história de vida da autora e cantora chilena Violeta Parra.

O ciclo prossegue com o seguinte programa:

13 de Janeiro, 19h00
‘Verdades Verdaderas – La Vida de Estella’, de Nicolás Gil Lavedra (Argentina, 2011, 99 min)

Estella Carlotto, uma simples professora primária e dona de casa, viu em 1977 o seu esposo ser sequestrado durante a ditadura militar, tendo sido torturado e libertado depois de paga uma caução de 40 milhões de pesos. Nesse mesmo ano a filha, grávida de 3 meses, que pertencia à Juventude Universitária Peronista, foi também sequestrada. Estella só veio a ter notícias da filha quando uma companheira de prisão foi libertada e comunicou que ela estava viva e grávida. Em 1978, Estella foi convocada pelos militares para que lhe fosse entregue o corpo da filha. Iniciou então a procura do neto, exigindo ao mesmo tempo a devolução de outras crianças desaparecidas. Tornou-se activista e juntou­se à Asociación Abuelas de la Plaza de Mayo, da qual foi uma das fundadoras e mais tarde sua presidente. Em 2014 o seu neto foi encontrado.

20 de Janeiro, 19h00
‘Frida, Naturaleza viva’, de Paul Leduc (México, 1983, 107 min)

Filme baseado na vida da pintora mexicana Frida Kahlo (1907­1954), filmado em grande parte na sua residência, a Casa Azul, hoje a Casa­Museu Frida Kahlo. Narra, de forma poética, passagens da vida de Frida, desde a sua infância à sua morte, passando pela sua relação com o pai, Guillermo Kahlo, com o seu marido, Diego Rivera, com o exilado russo León Trotsky, e com o pintor David Alfaro Siqueiros. As suas relações bissexuais, a sua intimidade, a sua relação com a irmã Cristina e outros momentos importantes que marcaram a vida da pintora latino­americana mais famosa e mais bem cotada no mundo da arte são aqui retratados.

27 de Janeiro, 19h00
‘Teresa: crucificada por amar’, de Tatiana Gaviola (Chile, 2009, 84 min)

O filme narra a vida curta e trágica de Teresa Wilms Montt (1893­1921), uma jovem poetisa chilena. Foi considerada una percursora do feminismo e teve uma vida acidentada. Aos 17 anos, casou­se contra a vontade da sua família com Gustavo Balmaceda Valdés, com quem teve duas filhas. Mais tarde o marido descobriu que ela mantinha uma relação com um parente seu e um Tribunal Familiar decretou a sua reclusão num convento (1915). No entanto, com a ajuda do seu amigo Vicente Huidobro fugiu para Buenos Aires. A vida em Buenos Aires e a integração nos círculos intelectuais da cidade tiveram um impacto positivo na sua vida, tendo publicado duas obras: ‘Inquietudes Sentimentales’ e ‘Los Tres Cantos’. Depois de um conflito sentimental, partiu para os Estados Unidos onde colaborou com a Cruz Vermelha, durante a I Guerra Mundial. Foi confundida e presa como espia alemã. Rumou então para Espanha, integrando­se na boémia madrilena e foi apresentada por Joaquín Edwards Bello. Privou com os escritores Gómez de la Serna, Gómez Carrillo e, principalmente, Ramón Valle­Inclán, que prefaciou os seus livros publicados em Espanha. Sob o pseudónimo Teresa de la Cruz publicou as obras ‘En la Quietud del Mármol’ e ‘Mi destino es errar’. Estabeleceu­se em Paris (1920), onde reencontrou as filhas depois de 5 anos de separação. As filhas regressaram ao Chile, o que provocou na mãe uma terrível depressão que a levou ao suicídio, com apenas 28 anos de idade.

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