Entrevista ao Embaixador do Uruguai em Portugal

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Qual o balanço que faz dos projectos na área económica desenvolvidos com a Casa da América Latina?

O balanço é muito positivo. A Casa da América Latina opera como um âmbito de comunicação fundamental nos diversos aspectos que as missões diplomáticas têm, como intercâmbios culturais, políticos e económicos. Este último aspecto é um componente muito importante das relações entre os países, de cada vez que a política exterior deve articular-se com respectivos interesses nacionais. Nesse sentido, a Casa da América Latina permite que as Embaixadas da região mostrem as oportunidades de negócios para as empresas portuguesas, seja para exportar, para importar ou para realizar investimentos. Empresas e associações empresariais portuguesas, como consequência dos múltiplos encontros organizados pela Casa da América Latina por todo o país, têm considerado e em alguns casos decidido estabelecer projectos nos nossos países. Por outro lado, os Embaixadores tem tido oportunidade de conhecer as varias regiões de Portugal e a sua vida económica.

De que forma a relação com a CAL tem contribuído para dinamizar e projectar o Uruguai nas relações Portugal/Uruguai e Uruguai/Portugal?

Algumas empresas portuguesas têm decidido radicar investimentos no Uruguai, participar em projectos muito diversos em domínios de energias renováveis, construção, infra-estrutura e turismo. A CAL tem também contribuído para que os fluxos de comércio de bens e serviços se intensifiquem. Como facto recente posso indicar que no passado mês de Novembro Portugal foi, pela primeira vez, o 11º destino das exportações uruguaias, e que apesar de muito ainda haver por fazer, houve um incremento das exportações portuguesas para o Uruguai.

Quais os projectos e votos da embaixada do Uruguai para o próximo ano económico.

A Embaixada do Uruguai vai continuar a trabalhar com a Casa da América Latina nos eventos de vinculação com o sector empresarial português. Em conjunto com o governo da cidade de Lisboa e as restantes Embaixadas da América Latina estamos a considerar um projecto para a criação de um centro de negócios, onde os empresários portugueses em particular, e europeus em geral, possam obter informações completas das possibilidades em matéria de comércio e investimento. Estamos convictos de que ao seguir por esta linha de trabalho vamos multiplicar as oportunidades em benefício do bem-estar dos nossos respectivos povos. A América Latina, como disse o Secretário-Geral Ibero-americano, Enrique Iglesias, “ deixou de ser parte do problema, para ser parte da resolução”.

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