‘Los Uruguayos’ encerra série documental

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27 de março
19h00

Casa da América Latina
Organização: CAL e TAL TV

Los uruguayos, Mariana Viñoles, 2006 (53’):
O que é ser uruguaio? Na tentativa de compor um panorama do pequeno país do sul do continente americano,
Os Uruguaios opta pelas palavras. A mulher que trocou a cidade pelo campo, um pequeno fazendeiro, um advogado bem sucedido, um imigrante italiano, um guarda florestal e um estudante contam as suas histórias, enquanto é encontrado o espírito uruguaio impregnado nas águas do Prata, no tango de Gardel ou numa rua ensolarada.

Documentários realizados por jovens diretores e produtoras independentes sobre o que distingue e identifica os latino-americanos. Cada documentário mostra a identidade de um país, através do olhar do cineasta. Série de 12 episódios.

“O que significa ter uma nacionalidade? […] É a tal enigma que se entregam os jovens realizadores que aceitaram o desafio da série ‘Os Latino-Americanos’, produzida pela TAL (Televisão América Latina). […] Nestes, o sinal comum mais evidente é a sobreposição da fragmentação à utopia da identidade. E é daí que o conjunto adquire sua maior força. Em vez de ceder aos encantos do folclórico ou buscar nas raízes uma suposta identidade fundada em bases míticas tampouco certas, os jovens documentaristas do projeto preferiram auscultar o presente. […] A estratégia comum aos trabalhos é percorrer os países, entrevistando gente comum. Enquanto as perguntas tentam definir o ‘uruguaio’, o ‘cubano’ etc., as respostas permanecem no terreno dos estereótipos ou da generalidade, como ‘somos gentis’, ‘somos acolhedores’, ‘somos criativos’. […] Cada trabalho não perde de vista as especificidades locais, como práticas religiosas, misturas étnicas, efeitos de migrações, de políticas econômicas e de injustiças sociais. Mas o faz na perspectiva do sujeito, sem nunca dissolvê-lo sob instâncias generalizantes. Ao desfocar o fator nação e transferir a atenção para a perspectiva individual, a série desloca-se para a realidade, na qual os simbolismos ufanistas e os delírios fascistas do passado recente, até prova ao contrário, viraram velharias guardadas no baú”
– Cássio Starling Carlos, crítico da Folha

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