Workshop sobre investimento na Colômbia

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O financiamento ao investimento na Colômbia foi o tema do workshop, organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Colombiana, realizado no dia 14 de fevereiro no Auditório da Secretaria Geral do Ministério das Finanças. O workshop juntou dezenas de empresários portugueses interessados neste mercado.

“A Colômbia fez o seu trabalho bem feito e aprendeu a lição com as crises na América Latina. A banca colombiana é sólida, conservadora e tem liquidez para apoiar os empresários portugueses”, referiu Germán Santamaría Barragán, Embaixador da Colômbia em Portugal, dirigindo-se ao representante do BBVA, terceiro banco no seu país.

Rosário Marques, directora executiva da CCILC, reforçou essa mensagem, apresentando os diferentes sectores de oportunidades no mercado colombiano e destacando que “deveremos sempre olhar para este país como um mercado de 1500 milhões de consumidores, dada a sua localização geográfica e relações privilegiadas com os seus, muitos, parceiros económicos. A Aliança do Pacífico é um exemplo disso. A criação deste novo bloco económico permitiu o estabelecimento de uma zona livre de circulação de bens, serviços, capitais e pessoas entre a Colômbia, Chile, México e Peru, com uma quase total liberalização das taxas alfandegárias. O tratado de livre-comércio com a União Europeia, os incentivos fiscais, as zonas francas e os muitos projectos nas áreas de habitação social, novas tecnologias ou infra-estruturas viárias parecem-nos oportunidades suficientes para as nossas empresas olharem de forma determinada para a Colômbia”.

“O BBVA está em Portugal e na Colômbia para financiar esses investimentos”, respondeu Paulo Silva, director do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, durante a apresentação da estratégia do BBVA no apoio às empresas portuguesas. “As relações estabelecidas com o BBVA em Portugal têm um rosto na Colômbia. Nenhum outro banco está nos dois países em simultâneo. Nós podemos apoiar localmente os nossos clientes e os seus negócios de uma forma diferente de outros bancos, porque conhecemos a realidade quotidiana deste país.”

“A SOFID distingue-se da banca tradicional como um instrumentos de financiamento exclusivo ao investimento, acrescentando valor ao país em vias de desenvolvimento onde esse investimento é feito, podendo partilhar o risco com outras entidades financeiras”, garantiu Diogo Gomes de Araújo, Presidente Executivo da SOFID. A instituição não apoia as empresas na exportação, mas pretende ser um parceiro importante na procura de outros financiamentos, como o LAIF (Latin America Investment Facility) quando o projeto apresentado visa o investimento sustentável.

“A economia colombiana fervilha de oportunidades. Os benefícios fiscais, a transparência e o rigor nas regras do jogo são argumentos fortes para qualquer empresário. Ao nível da hotelaria, o nível da formação dos recursos humanos é
excelente e as taxas de ocupação hoteleiras são elevadas. Não devemos apostar só em Bogotá; Medelim, Cartagena ou Barranquilha são cidades com enorme dinamismo e onde podemos e devemos apostar”, esclareceu Carlos Neves, administrador de Sana Hotels.

Ainda no âmbito do financiamento às empresas, a CCILC trará a Portugal uma delegação do Bancoldex, Banco de Comércio Exterior da Colômbia, para um seminário a realizar na primeira semana de Março em Lisboa.

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