Documentário na CAL descreve os paraguaios

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6 de Fevereiro
19h00

Casa da América Latina
Organização: CAL e TAL TV

A exibição do documentário Os Paraguaios será precedida de uma intervenção de 5 minutos por José Manuel Silvero, Filósofo da Universidade Nacional de Asunción e professor de Língua e Cultura Guarani pelo Ateneo de Lengua y Cultura Guaraní. José Silvero está actualmente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa por um mês, após acordo entre as duas universidades e a Embaixada. A introdução do filme, a seu cargo, será bilingue: em castelhano e guarani, os dois idiomas oficiais do Paraguai.

Os paraguaios, Marcelo Martinessi, 2006 (54’):
“Muero con mi patria”, teria dito o Marechal Solano López, quando morria na guerra do Paraguai em 1870. No entanto, a sua pátria sobreviveu e continuou a fazer heróis através da História. Os Paraguaios parte dos primórdios da nação guarani para o Paraguai contemporâneo: historiadores, antropólogos, escritores e artistas tentam desatar os nós de uma realidade cheia de contrastes.

Documentários realizados por jovens diretores e produtoras independentes sobre o que distingue e identifica os latino-americanos. Cada documentário mostra a identidade de um país, através do olhar do cineasta. Série de 12 episódios.

“O que significa ter uma nacionalidade? […] É a tal enigma que se entregam os jovens realizadores que aceitaram o desafio da série ‘Os Latino-Americanos’, produzida pela TAL (Televisão América Latina). […] Nestes, o sinal comum mais evidente é a sobreposição da fragmentação à utopia da identidade. E é daí que o conjunto adquire sua maior força. Em vez de ceder aos encantos do folclórico ou buscar nas raízes uma suposta identidade fundada em bases míticas tampouco certas, os jovens documentaristas do projeto preferiram auscultar o presente. […] A estratégia comum aos trabalhos é percorrer os países, entrevistando gente comum. Enquanto as perguntas tentam definir o ‘uruguaio’, o ‘cubano’ etc., as respostas permanecem no terreno dos estereótipos ou da generalidade, como ‘somos gentis’, ‘somos acolhedores’, ‘somos criativos’. […] Cada trabalho não perde de vista as especificidades locais, como práticas religiosas, misturas étnicas, efeitos de migrações, de políticas econômicas e de injustiças sociais. Mas o faz na perspectiva do sujeito, sem nunca dissolvê-lo sob instâncias generalizantes. Ao desfocar o fator nação e transferir a atenção para a perspectiva individual, a série desloca-se para a realidade, na qual os simbolismos ufanistas e os delírios fascistas do passado recente, até prova ao contrário, viraram velharias guardadas no baú”
– Cássio Starling Carlos, crítico da Folha

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