Embaixadores visitaram Capital Europeia da Cultura

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As organizações culturais, no setor das indústrias criativas, têm adquirido uma crescente importância como recurso para o desenvolvimento social e económico dos países, devendo a Economia Criativa ser entendida como uma das principais estratégias de desenvolvimento para o século XXI.

Foi neste sentido que, depois de Braga, o road-show com embaixadores latino-americanos estendeu-se a Guimarães, Capital Europeia da Cultura, num programa que contou com a participação activa do Presidente da Casa da América Latina e da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, numa organização conjunta da CAL com a Fundação Cidade de Guimarães e o apoio da Câmara Municipal de Guimarães.

Recebidos no Centro Cultural Vila Flor, um espaço de referência da cidade e no panorama cultural nacional, Paulo Cruz, Administrador da Fundação Cidade de Guimarães, apresentou o projeto Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura com base em três dimensões: a primeira, a cidadania e a participação da população – com as frases “eu faço parte”, “tu fazes parte”, “a minha casa é a tua casa” – , que serviram de mote às mais variadas iniciativas, incluindo o próprio logo, redesenhado ao gosto de cada um, num movimento colectivo de adesão e de pertença à cidade; a segunda, a Europa, com a preocupação de se valorizar a diversidade cultural de um espaço e uma identidade comum; e, finalmente, a terceira, a cidade, reabilitada no passado, com a importância da memória histórica, e de futuro, com as infra-estruturas que ficam. Guimarães está hoje dotada de equipamentos com diferentes valências e dimensões que lhe permitem continuar a ser um pólo cultural nacional e internacional, mesmo depois de terminado o ano de 2012. Paulo Cruz chamou ainda a atenção para o papel de monitorização da Universidade do Minho, uma das entidades responsáveis pela execução do projecto.

De seguida, a delegação assistiu ao concerto do guitarrista Bill Frisell que tocou, acompanhado pela projeção, a música criada para o filme de Bill Morrison, The Great Flood, no grande auditório do Centro Cultural Vila Flor completamente cheio, comprovando a vitalidade de um festival cada vez mais internacional e que já vai na sua 21ª edição – o Guimarães Jazz.

No dia seguinte, o encontro com João Serra, Presidente da Fundação Cidade de Guimarães, deu-se na simbólica Fábrica ASA, uma antiga fábrica de lençóis situada num edifício emblemático da arquitetura industrial portuguesa dos anos 60, transformada agora num espaço de sinergias criativas, onde além de espaços expositivos funciona um imenso laboratório de curadoria. Na Fábrica ASA conheceram o projeto Devir Menor – Arquitecturas e Praticas Espaciais Críticas na Ibero-America, apresentado pela curadora Inês Moreira e o produtor Juan Luis Toboso; o programa de Arte e Arquitetura, por Gabriela Vaz Pinheiro; visitaram o projeto Reakt – Olhares e Processos e a exposiçãoEdifícios e Vestígios, acompanhados pela curadora Inês Moreira, que revela espaços pós-industriais e os seus vestígios de forma interdisciplinar, através da arte, arquitetura, fotografia, design, som, cinema, engenharia, história, arqueologia, antropologia e etnografia.

O Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, António Magalhães, juntou-se à delegação na Plataforma das Artes e da Criatividade (PAC), onde, na companhia de José Bastos, Director do Centro Cultural Vila Flor, visitou a exposição Para Além da História no Centro Internacional de Arte José de Guimarães. Em organização temática e sob a forma de Atlas, as três coleções reunidas por José de Guimarães (arte tribal africana, arte pré-colombiana e arte arqueológica chinesa) dialogam com obras da autoria do artista, de outros artistas contemporâneos e com objetos do património popular, religioso e arqueológico da região.

A passagem dos embaixadores por Guimarães terminou com um passeio pelo centro histórico, desde o Paço dos Duques de Bragança ao Instituto do Design, numa metáfora entre a importância do passado e a promessa do futuro da cidade. Criado no âmbito do CampUrbis, um projeto que visa a reabilitação urbana e do património construído da Zona de Couros, o Instituto do Design é gerido em parceria entre a Câmara Municipal e a Universidade do Minho. Aberto progressivamente ao tecido económico da cidade e da região, o Instituto é um centro aberto de conhecimento e uma plataforma de comunicação privilegiada entre a indústria e a academia, com vista ao desenvolvimento económico através do design.

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