CAL juntou-se ao Chapitô em Ciclo de Mulheres Palhaço

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A Casa da América Latina, em parceria com o Chapitô, realizou o 5º Ciclo de Mulheres Palhaço, dedicado ao trabalho desenvolvido por artistas do continente americano, mulheres oriundas de outras culturas que dedicam parte da sua vida ao mundo do circo e colocam a sua arte e engenho ao serviço do circo social.

A tenda do Chapitô recebeu a argentina Romina Mónaco (11 a 13 de Maio), a nova iorquina Deborah Kaufmann (18 a 20 de Maio) e a peruana Fiorella Kollman (25 a 27 de Maio – na foto).

Romina Mónaco apresentou “Tan simple como soñarlo despacio”, a história de uma mulher que decide romper com situações que a cansam e esgotam, libertando-se e partindo num caminho solitário de busca da sua individualidade.

Deborah Kaufmann procurou no seu espectáculo, “Veni Vidi Vici”, o lugar ideal para fazer um piquenique. Esse processo transformou-se numa investigação caricatural em que a ganância tomou conta da acção. No trabalho de clown aliado à dança, o espectador foi transportado para um mundo fantástico e delirante.

Finalmente, neste último fim-de-semana, Fiorella Kollman convidou-nos a partilhar “Mi querida Neurosis”, uma personagem que apesar de acostumada a dormir o dia inteiro, acorda para nos mostrar, de uma só vez, todas as suas neuroses: higiene, sexo, comida, amor, dinheiro, afectos e solidão. Fiorella dá-nos uma personagem que vive uma realidade muito singular, onde todos os objectos são reaproveitados. Tudo aquilo que muitos consideram lixo, ela recicla e dá-lhes outra utilidade.

No final de cada espectáculo, as artistas juntaram-se ao público para falar sobre o seu trabalho e a sua importância nas suas vidas e na vida daqueles com quem o partilham. Todas as noites foram animadas com a participação de outros artistas oriundos dos seus países de origem. De referir a presença do peruano Pumacayo Conde, com uma banca de instrumentos musicais tradicionais do Peru e um apontamento musical na esplanada do Chapitô durante o jantar, bem como a presença de alguns elementos da comunidade peruana em Portugal.

As artistas estiveram não só envolvidas em acções sociais da Operação Nariz Vermelho, mas também partilharam as três os seus conhecimentos e métodos de trabalho com os alunos do Chapitô nos dias que se seguiram ao espectáculo, através de oficinas e workshops.

Este ciclo contou com o apoio da Casa da América Latina, do banco Santander Totta e da Operação Nariz Vermelho, em parceria com a RTP, Antena 1, Canal Q e Agência Lusa.

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